100

Cem anos de glórias. Foi uma comemoração inesquecível.

 

Eu poderia aqui contar milhares de histórias sobre o meu coloradismo, de como amei o Inter, como vibrei, como odiei, como me decepcionei, como chorei, sofri, sorri ou gritei. Afinal, faço parte de um pouco mais de um quarto desse centenário colorado completado no sábado, dia 4 de abril de 2009.

 

Mas, prefiro falar sobre o 100. Obviamente, é a idade do Internacional comemorada no sábado a noite com um belíssimo banquete no complexo do Beira-Rio. Foi uma festa magnânima, com música, decoração fantástica, vídeo, show de luzes e uma refeição deliciosa, preparada pela equipe do Cláudio Solano. Aliás, a Tati, filha do Solano, até entrevista na rádio Gaúcha deu. Que momento, Tati! A refeição foi 100 igual. Havia bebidas a vontade na mesa, 100 que a gente precisasse se levantar.

 

Foi um festa 100% maravilhosa. Revi jogadores que pertenceram a minha geração de torcedor, conheci outros que apenas tinha ouvido falar e vi o último remanescente do Rolo Compressor, o zagueiro Nena. 100 sombra de dúvida, vai ficar na minha memória. Aliás, fui agraciado com a companhia do Dunga, técnico da seleção, na mesa ao lado da minha. O que foi um inferno, pois os quase 4 mil convidados resolveram tirar fotos com o capitão do tetra passando pela minha mesa, a maioria 100 pedir licença. Mas tudo bem, 100 problemas.

 

100 que eu pudesse me esquecer, diversas autoridades estavam presentes, desde o Ministro dos Esportes, Orlando Silva, até o prefeito da capital, José Fogaça, que mesmo sendo gremista, foi bem recebido, 100 preconceitos.

 

No dia seguinte, a comemoração foi encerrado com uma vitória histórica sobre o maior rival. O Internacional venceu o Grêmio por 2 a 1 de virada, em jogo tumultuado e com uma arbitragem cretina do Leonardo Gaciba no primeiro tempo. Errou nos pênaltis e deveria ter expulsado o Tcheco, ou devo dizer quarto árbitro? Se duvidar, o primeiro.

 

Este GRENAL foi o de número 100 do Beira-Rio, e o terceiro e último gol do jogo foi o centésimo da história do Inter em clássicos naquele estádio. E o resultado final deixou o Grêmio 100 técnico.

 

Tudo começou na sexta-feira, com um foguetório para esperar o dia do centenário. Eu jantava no Tirol enquanto acompanhava a movimentação das pessoas em direção ao Beira-Rio. Mesmo com a atenção desviada das comemorações naquela noite, eu estava sentado próximo a janela, e foi possível ver cenas emocionantes, mas destaco um rápido diálogo que ouvi entre um pai e o filho pequeno: “Filho, quer ir mesmo no Beira-Rio? Está tarde.”. E o filho, de cerca de seis anos, sem hesitar: “Claro, pai! O Gigante me espera! Tenho que estar junto com o colorado”.

 

No sábado, antes do jantar, teve uma caminhada, a qual não participei por completo, mas fui ao Beira-Rio perto do meio-dia para ver a chegada. Mais de 15 mil colorados fizeram a marcha. A vibração sentida com a passagem da torcida foi 100sacional. Também, eu e meus amigos almoçamos na Montana Grill, onde, entre quatro pessoas, deve ter dado mais ou menos 100 para cada um. Eita.

 

Enfim. Ficou para a história. O Inter fez história. E continua fazendo. E tenho orgulho de participar dela. 100 anos de glórias.

 

Parabéns, Inter.

 

Nada vai nos separar.