Archive for the Testemunha ocular dos fatos Category

O rolo gemada

Posted in Mural, Testemunha ocular dos fatos with tags , , , , on 24/09/2009 by andreifonseca

Admito que a nova camiseta dourada do Internacional é uma jogada de marketing interessante. A peça vendeu bastante logo que foi lançada e hoje é responsável por 20% dos lucros relativos aos três modelos oficiais. 60% dos torcedores aprovaram. Mas eu achei horrível.

Ontem, a camiseta dourada foi estreada oficialmente na Copa Sul-Americana, torneio que o Inter se comprometeu com a Reebook jogá-lo por completo com este uniforme. Se apresentarmos no jogo da volta o mesmo futebol dessa quarta-feira, essa porcaria sobrevive a mais uma partida.

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É uma zica, dá azar, não funciona. Acredito um pouco nessa superstição sim. Já não vínhamos bem, daí entrou em campo o rolo gemada e levou um baile no meio-campo do fraquíssimo Universidad do Chile. Lamentável. Empatamos.

Acho que isso desmotiva um pouco a torcida. Somos tradicionais nesse ponto. Queremos ver o vermelho bonito e imponente da camiseta do Internacional entrar em campo e fazer os adversários tremerem. Ontem, me senti torcedor para outro time.

Aliás, que nome podemos apelidar o time do Inter com este novo uniforme? Rolo Gemada? Golden Boys da Beira-Rio? Colorado Sunshine? São muitas opções.

….

O Inter ta jogando um futebolzinho ridículo. Nada me irrita mais que ver um time sem indignação. Assistir a uma partida que os jogadores não têm tesão me deixa louco. Pô, tu ta perdendo o jogo, o juiz marca falta e fica um olhando para o outro… ninguém se apresenta, ninguém assume a responsabilidade. Lamentável.

….

O site Globoesporte.com publicou hoje um levantamento dos dez maiores erros de arbitragem deste ano. Três deles beneficiam o Corinthians. Agradeço ao levantamento feito, mas acho que caberia bem mais.

Não foi mencionado, por exemplo, o gol anulado do Ronaldo contra o Internacional na final da Copa do Brasil. Putz! Como ia esquecer… a Globo não ia contestar o seu queridinho. Em compensação, o Maradona brasileiro do Paraná Clube foi crucificado e o árbitro que validou o gol ridículo de mão não apita mais esse ano.

Dica minha para o centroavante do Paraná: se candidate para jogar no Corínthians. Sua vida vai ficar bem mais fácil.

Confiram a lista aqui.

Liberty Island: No big deal

Posted in Testemunha ocular dos fatos with tags , , , on 23/09/2009 by andreifonseca

Quem vai a New York pela primeira vez, pensa em visitar os principais pontos turísticos, obviamente. Aqueles que mais ilustram cartões postais e aparecem nos filmes. E todos valem a pena. Mas um me decepcionou em especial: a Estátua da Liberdade.

A começar que é uma função para chegar lá. Normalmente, turistas se hospedam em Midtown Manhattan, que fica perto da Times Square e outras mil e tantas lojas. Então, tem que pegar dois metrôs e ainda caminhar um pouco.

No meu caso, tive que caminhar numa manhã geladíssima de domingo, depois de andar em um trem quase vazio da 47th Street até o World Trade Center Path, na agradável companhia de mendigos que dormiam nos bancos dos vagões.  Quando cheguei na estação que fica à beira do rio onde pega-se o ferryboat até a Liberty Island, ainda tive que esperar um tempo até sair o próximo. E tava frio.

Depois de esperar, desce um monte de gente, sobe outros tantos, após passar por uma revista extremamente rigorosa do exército norte-americano. Isso mesmo, amigos. Quem revistam as pessoas para entrar no barco são os marines com fuzil e tudo mais.

Daí, inicia a viagem em um ritmo extremamente lento nas águas. Lembro de ter comido um excelente cachorro-quente servido no barco. E para conseguir enfrentei outra mega fila.

Admito que, ao passo que a Estátua se aproxima, é uma visão impactante. Impossível não lembrar da influência da cultura norte-americana em nossas vidas, filmes, músicas, fotos.

NewYork 140 edit 

As pessoas desembarcam próximo à lojinha que vende produtos da Lady Liberty, como miniaturas, camisetas, posters, livros, etc. Daí, é só caminhar um pouco e é possível ver bem de perto a tão falada Estátua da Liberdade, um presente da França para os Estados Unidos, construído em 1886, pela comemoração do centenário da independência americana.

Após os atentados de 11 de setembro, a visitação à coroa, no alto dos 46,5m de altura do momento, foi fechada. Em 4 de julho deste, foi reaberta. Agora, na próxima ida, em janeiro doa no que vem, finalmente vou conhecer o topo.

Mesmo assim, achei a estátua bem feinha. Quando cheguei perto, achei estranho. Perdeu-se o glamour que tinha. Ela é verde, suja e velha. Realmente me decepcionou. Embora eu tenha achado pequena, a Lady Liberty é a maior estátua do mundo segundo o Guiness.

Acho que a soma entre o frio, a distância, a demora, o meu mau-humor e o tamanho real da parada fizeram com que eu não gostasse. Em compensação, adoro a foto que tirei uns dias antes, quando fui ver o World Trade Center.

Estátua da Liberdade no final de tarde

Estátua da Liberdade no final de tarde

O último homem em pé

Posted in Testemunha ocular dos fatos with tags , , on 18/09/2009 by andreifonseca

A última quarta-feira vai ficar gravada na minha memória para sempre. Eu a Ju fomos ao show do Jerry Lee Lewis, ou The Killer como também é conhecido. O cara foi o primeiro roqueiro que usou o piano como instrumento pessoal.

Jerry Lee teve uma carreira perturbada. Era temperamental, de difícil relacionamento, debochado e muito gozador. Quem conviveu com ele, principalmente no início de carreira, relatava que o cara era pirado.

Além de atear fogo no piano em algumas apresentações, The Killer chocou o mundo inteiro ao casar-se com a sua prima de primeiro grau quando ela tinha apenas 13 anos. Dodói.

Nos anos cinqüenta, Jerry Lee Lewis fazia parte do casting de músicos da Sun Records, gravadora de Memphis, nos Estados Unidos. Além dele, Johnny Cash, Carl Perkins e Elvis Presley também eram do selo. E numa tarde, os quatro se reuniram no estúdio e fizeram uma Jam, que mais tarde virou disco, intitulado The Million Dollar Quartet.

Recentemente, lançou um disco chamado “The Last Man Standing”, já que seus três amigos do passado já se foram.

O show desta quarta-feira em Porto Alegre foi peculiar. Por volta de dez horas da noite, uma banda de apoio entrou, tocou quatro ou cinco músicas e, no final de uma delas, Jerry Lee entrou no palco, com um caminhar lento, vestindo uma camisa vermelha de mangas curtas, que contrastava com o preto dos outros músicos.

Aí sim o público levantou de vez. Pessoas de 14 até 80 anos (sim, tinha gente bem antiga lá) ficaram de pé e dançaram durante a pouco mais de meia hora que The Killer ficou no palco.

Foi emocionante observar o que cada um sentia. Certamente, uma pessoa mais velha, que conhecia o artista há um tempo, teve recordações dos seus tempos de juventude e via naquele momento, ao vivo, umas das inspirações de rebeldia e atitude de quem passou pelos anos 50 e 60.

Já os mais novos, deviam pensar: “Pô, esse coroa manda bem”. Jerry Lee, mesmo velho e visivelmente cansado, mostrou que é o cara. Cada toque no piano arrancava ovações da platéia. The Killer toca piano como quem desvenda um enigma complexo de ciência exata, só que faz parecer muito fácil e divertido. E ainda ri disso.

Depois dos seus sucessos “Great Balls of Fire” e “Whole Lotta Shaking”, o cara saiu do palco, novamente a passos lentos, se despedindo do público que vira pela primeira vez, não sem antes fazer uma reverência de gratidão eterna. E pode ter certeza, Jerry… essa gratidão é recíproca.

Posto dois vídeos aqui dele, um mais antigo, calculo que deve ser pelos anos 80, onde ele toca Boogie Woogie Country Man. Jerry Lee Lewis criou um estilo chamado Boogie Woogie, o qual eu recomendo ao meu ombundsman, que preste atenção e aprenda com o tio.

Neste segundo, tem a finaleira da apresentação de Porto Alegre. Enjoy it e bom final de semana.

A bela e a fera

Posted in Histórias - A vida foi assim, Testemunha ocular dos fatos with tags , , , on 11/09/2009 by andreifonseca

Quem me lê neste momento e é de Porto Alegre conhece a avenida Nilo Peçanha, no bairro Bela Vista. Além de ser o local onde moro, é trajeto obrigatório para o trabalho, neste caso, eu fazia da academia para a agência, nesta sexta-feira chuvosa.

Sem dúvida, o ponto mais crítico da avenida Nilo Peçanha é a rótula que une esta via com a rua Carlos Trein Filho e mais outra, cujo nome não lembro, mas dá acesso ao Supermercado Nacional.

Que trafega em todos os sentidos sofre, ainda mais com chuva, ainda mais nos horários de pico. E foi meu caso, pois dirigia no sentido Iguatemi-Centro. Este trajeto é complicado em especial, pois tem três pistas e forma longas filas em duas delas, já que a terceira, em tese, é apenas para quem vai acessar livremente a Carlos Trein Filho.

Em tese, porque meu texto se baseia nos cretinos-infelizes-filhosdaputa que cortam pela direita, percorrendo toda terceira pista e, no final, querem dar de malandro e acessar a rótula na frente daquelas que pacienciosamente esperaram.

Me considero um justiceiro, pois fico cuidando aqueles que tentam fazer isso e não dou passagem nem a pau. Acho uma grande falta de respeito e filha da putice. É injusto com quem esperou e com quem realmente quer entrar à direita na outra via, pois tranca o trânsito.

E hoje, eu fui desafiado. Após alguns minutos de trânsito lento, a minha vez estava chegando e percebi pelo espelho do lado direito que um carro preto pegou a “via expressa da filhadaputice” e veio com tudo, parando justamente ao meu lado, tentando forçar passagem.

Bah… era tudo que eu queria. Já estava levemente de mau-humor por outros problemas e pensei: “Velho… pegou o cara errado, no dia errado. Não vai levar, não”.

E o carro preto (que era grande, mas não identifiquei o modelo) tentou brecha, buzinou e eu nem tchuns pra ele. Acelerei rente ao carro da frente, pra não chance. Disputamos centímetro a centímetro, como brasileiros e argentinos brigam pela bola em um jogo de futebol.

Perto da rótula, minha vantagem era evidente, estava próximo da vitória. Foi aí que o carro preto fez uma manobra arriscadíssima e tentou bruscamente ganhar a minha frente. Não levou de novo.

Daí veio o inesperado. O vidro do motorista do carro preto foi baixando lentamente e eu pensei: “Ahá! Vou ver o rosto do filho da puta! Agora ele vai ouvir o maior esporro da história! Palhaço!”.

Surgiu então… um rosto angelical, uma menina, loirinha, bem jovem, calculo uns 18 anos no máximo, obviamente com o carro do pai tentando fazer graça no primeiro mês de carteira. E a motorista olhou para mim, ajeitou o cabelo, que era bem liso, tipo macarrão escorrido, respirou fundo e…. sorriu.

sorriso maroto 

Isso. Sorriu. Um sorriso angelical, acompanhado de uma quebradinha de pescoço e movimentos repetidos dos cílios. Ela sorriu forçadamente como uma Lolita sorri para um homem na tentativa de seduzi-lo, utilizando um lado demoníaco disfarçado de angelical. Até beicinho ela fez, do tipo “tio, deixa eu entrar aí, por favor?”.

Diante de um pedido como esse, minha reação foi imediata.

johnny cash fuck you 

Mandei a Lolita tomar no cu, evidentemente. Ah, porra. Vai se catar. Vai chupar prego, ô Lolita. E devolve o carro do pai, vai pedir um cliozinho ou paliozinho que combina melhor.

Não levou, é claro. Mas o débil mental da minha frente deu passagem, ainda abaixou o vidro e fez sinal para ela passar. Só me restou enfiar a mão na buzina. Filho da puta.

Minha história em Divinópolis

Posted in Histórias - A vida foi assim, Testemunha ocular dos fatos with tags , , , on 09/09/2009 by andreifonseca

Desde pequeno, meu pai contava muitas histórias sobre a terra dele. Falava sobre as molecagens, as brincadeiras que tinha que inventar, seus tempos de engraxate, como fazia para pular uma cerca e ver jogos de futebol e que gastava o dinheiro que ganhava com sanduíches de sardinha e guaraná.

Sempre que ele falava nesse sanduíche de sardinha com guaraná seus olhos brilhavam. “Nossa… (longa pausa)… aquilo era uma maravilha”. Eu pensava: “Eca. Sardinha? Eu odeio sardinha”. Mas imagino o quanto aquilo era importante para o meu pai.

Ele também sempre falou sobre a fundação da sua cidade, Divinópolis. Hoje, uma cidade com 200 mil habitantes, no oeste de Minas Gerais. Na época de fundação, entre final do século XVIII e início do século XIX, apenas um vilarejo perto de um imponente rio, o Itapecerica.

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Foi construída a Igreja da Matriz do Divino Espírito Santo, para adoração de São Francisco de Assis. Ao longo dos anos, pequenas casas eram construídas ao redor, depois escolas, famílias foram se formando e o vilarejo foi crescendo.

Com a ajuda de um fazendeiro bastante rico, Francisco Domingos Gontijo, surgiram obras importantes, dentre elas a ferrovia. Através deste recurso, a cidade deu um salto em crescimento na época.

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Eleito oficial da Guarda Nacional, o capitão Domingos decidiu fazer uma casa para descansar, junto à praça da matriz. O empreendimento é considerado o marco inicial da cidade de Divinópolis.

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E sabem da maior? O capitão Domingos é meu tataravô. Pesquisei sobre ele e descobri que era um cara rico e que costuma dar liberdade aos escravos. Achei até uma carta que ele escreveu emancipando uma escrava de 6 anos de idade. Fico orgulhoso de saber deste passado.

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Por isso, cada ida minha para Divinópolis é emocionante. Gosto de rever estes lugares. É muito interessante mexer nas origens, saber o início da história da família. Talvez por isso, me sinta tão bem lá.

Infelizmente, dessa vez não pude aproveitar o tempo que gostaria. Afinal, foram apenas três dias lá e todos eles no sítio – que foi maravilhoso, por sinal. Vocês podem ver pelas fotos que a Igreja e o hoje chamado de “Velho Casarão” estão muito bem conservados.

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Mi Buenos Aires Querido

Posted in Mural, Testemunha ocular dos fatos with tags , , , , on 17/06/2009 by andreifonseca

Quatro dias em Buenos Aires trazem uma série de reflexões e justificam a falta de tempo para postar no blog, rotina que pretendo retomar a partir de hoje.

A primeira coisa que tenho a dizer sobre a Ciudad de la Trinidad (sim, esse é o nome original de BsAs) é que impressiona o preparo da população das autoridades para receber turistas. Estamos milhões de anos-luz atrás, infelizmente. Deveríamos aprender um pouco com nossos hermanos, sendo que os fatores frio e arquitetura européia podemos oferecer também, numa proporção menor, é claro.

Eu a Ju pegamos vários táxis e os motoristas sempre foram muito educados, sabiam onde eram os lugares e contavam detalhes e davam recomendações sobre o que fazer e como. E não sofremos com a maldição das notas falsas no troco. Talvez tivemos sorte.

É possível ver policiais nos principais pontos turísticos, numa clara preocupação com o bem-estar do visitante, sempre buscando dar orientações. Os preços, em alguns lugares, são em reais, além de dólares e pesos.

Como esta foi a minha terceira visita, não havia muito mais que conhecer. De novo, destaco a recomendação do my love do bar “Locos por el Fútbol”, na Recoleta. O lugar é genial. Vimos um jogo da NBA e um do Boca Juniors contra o Racing no domingo. Ainda no mesmo bairro, o Cemitério da Recoleta é uma aula de história, com belíssimas obras arquitetônicas e mausoléus das tradicionais famílias argentinas, inclusive o que está Evita Perón (um dos mais ruinzinhos, diga-se de passagem).

Mesmo assim, o meu lugar preferido de Buenos Aires continua sendo Puerto Madero. A reestruturação desta parte da cidade deixou um glamour sem igual. Ta certo que é a zona mais cara, mas compensa. Pô, passar por lá no final da tarde ou então aproveitar os barzinhos de noite são programas obrigatórios para quem visita a capital federal Argentina.

Abaixo, coloquei uma foto que tiramos no Caminito, em La Boca. E tava frio…

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Diálogos

Posted in Histórias - A vida foi assim, Testemunha ocular dos fatos with tags , , on 26/05/2009 by andreifonseca

Nesta manhã, conversava com a moça do financeiro enquanto pegávamos café. Comecei o assunto, fazendo brincadeiras para modificar sua expressão de preocupação, e ela retrucou com respostas curtas.

– Oi. E aí? Tudo bem?

– Tudo.

– Mesmo? Dormiu bem?

– Sim.

– É importante dormir bem.

– É.

Segundos depois, antes de deixar a sala, ela se volta pra mim e revela.

– Na verdade, sonhei com o fim do mundo, mas tá tudo bem.

Alguém me explica? Belo início de terça-feira.

….

Mais tarde, ao telefone, falava com o comercial de uma revista cujo cliente negociou diretamente um anúncio.

– Então, fulano, qual é a medida do anúncio?

– Rodapé, 21cm X 7cm.

– Beleza. Qual é exatamente o nome da revista que você representa, para que a gente pesquise o público e coloque no pedido?

Pausa. Silêncio. E pérola veio:

– Olha, vou te dar o telefone do diagramador que ele te passa essa informações mais técnicas.

Então tá bom.

….

Ao telefone com o diagramador:

– Vamos fazer o anúncio sangrado, então?

– Não, cara. Que é isso? Nem precisa tanto esforço. É só um rodapé.

….

Adoro trabalhar em agência.

Simon, o defensor dos fracos e oprimidos

Posted in Testemunha ocular dos fatos with tags , , , , on 27/02/2009 by andreifonseca

Há muito tempo admiro a arbitragem e Carlos Simon. Juiz gaúcho (embora eu não seja bairrista) da FIFA que apitou Copas do Mundo, tem uma carreira brilhante, muitas premiações, um cara político, educado, inteligente, jornalista, boa entrevista, etc. Mas, de um tempos pra cá, seu trabalho tem me decepcionado. Ontem tive uma prova disso.

 

No jogo contra o Novo Hamburgo, ontem, no Beira-Rio, o Internacional foi superior, até porque tinha o melhor time. Mas, o destaque, mais uma vez, foi o argentino D’Alessandro. Joga muito o gringo. E provoca também. Deve ser horrível marcar esse cara. E ontem, o Nóia veio para não deixá-lo jogar. Só que exagerou e parou o cara na porrada. E com o consentimento de Carlos Simon. Por várias oportunidades, o juiz apenas apontou a falta, quando os jogadores do Nóia se revezavam no coice no gringo, sem uso de cartões. Aí fica difícil. Não há quem agüente.

 

O Simon, na verdade, gosta de emparelhar o jogo. Se um time é mais fraco e usa da violência, ele não inibe, para que o jogo fique igual. Simon ….querido… xuxu… babe… não é assim que se faz. Fica feio. Ridículo, aliás. Não tenta dar uma de Robin Hood e defender os oprimidos. Você precisa ser justo de acordo com a regra. E ontem, neném, não foi. Aí, a punição fica por conta do agredido, no caso, o D’Ale. Fora da final pelo terceiro cartão amarelo (ele pede também, tenho que registrar).

 

E outra: comentarista da Band, Cláudio Cabral, foi muito feliz. “Olha aqui ó, quando o Simon apita, no primeiro tempo é um minuto e no segundo são três de acréscimo”. Certo que sim. Aliás, o Simon depois da FIFA, deveria se filiar à federação de futebol de Cuba. Acho que ele gostaria.

Little Joy rocks!

Posted in Testemunha ocular dos fatos, Uncategorized with tags , , , , , on 28/01/2009 by andreifonseca

Ontem assisti ao show do Little Joy no Opinião. Mesmo com intenso calor, os caras (e a cara) mandaram muito bem. A música é inovadora, tem um lance bem praiano com pitadas de rock. O band leader, Rodrigo Amarante, é carismático, o guitarrista parece Jesus Cristo e a vocalista fica uma graça no vestidinho que tava usando. Me chamou muita atenção o fervor do público, que cantou boa parte das canções. Outro dado interessante é que a banda é baseada em Los Angeles, e acabou conhecida aqui pela página no MySpace.
Viva a tecnologia.
Mas o calor tava insuportável. Além de estar mega lotado, o ar-condicionado não dava vencimento. A Cerveja, como sempre, foi a salvação.

Sobre o BBBosta
Saiu o vovô da casa, que é Norberto mesmo. Mas não vi o programa. Tô bem por fora. BBB definitivamente não anda me empolgando.

Madonna: Espetáculo de luz, disposição, música e… chuva!

Posted in Testemunha ocular dos fatos with tags , , , on 18/12/2008 by andreifonseca

Amigos.

 

Volto para contar sobre minhas impressões sobre o show da tia Madonna. A veia manda bem pra caralho! Sem dúvida, o maior show que vi na minha vida (não digo melhor, mas sem dúvida o maior). Os números impressionam demais. Público, luzes, som, envolvimento da cidade. Fantástico.

 

O Rio de Janeiro continua lindo e ficou enlouquecido com a presença da Diva. Cheguei no domingo de manhã e estava em um hotel relativamente perto de onde a Madonna estava, o Copacabana Palace. O número de fãs lá era impressionante, jornalistas postados por horas esperando um segundo de aparição da tia.

 

Como choveu parte do domingo, a diva antecipou o show, que tinha horário oficial para 20:00 e não oficial para 21:45 (ela subiu ao palco às 20:30). Quando cheguei ao Maracanã, perto das oito da noite, o estádio estava lotado e garoava. No apagar das luzes para começar o espetáculo, parecia que São Pedro tinha aberto a torneira. Cristo! Choveu muito!! E, para aqueles que como eu tinham ingresso de pista, restou comprar uma daquelas capas de plástico vagabundas. E choveu forte até a última música. Cada cerveja que eu comprava, tinha que pedir um copo extra para servir de guarda-chuva para meu pobre líquido.

 

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Fora a chuva (ela cantava com um segurança de terno segurando um guarda-chuva atrás, dependo da posição no palco que ficava), o resto foi perfeito. Haviam cinco telões que davam um brilho fundamental para o espetáculo, mostrando ângulos diferentes. Um deles era centralizado e em formato de globo, e trouxe uma surpresa. Ao final de uma música, a cantora e os bailarinos saíram no fundo do palco, e este telão, que estava suspenso desceu. Começou outra música e ela apareceu dentro do telão, com projeção de imagens. Fantástico.

 

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Muitas músicas do disco novo Hard Candy, alguns sucessos antigos (o mais aplaudido disparado foi Like a Prayer) e o momento final do show, quando a Madonna escolhe um fã que pode pedir uma música que ela cante a capela. Os bailarinos são excepcionais, fazem coreografias ousadas e, juntos com a banda de incontáveis músicos, fecham a magnitude do espetáculo.

 

Um último parágrafo sobre a Madonna: é a mulher mais sensual do mundo! Qualquer movimento dela é sexy. Ela interage muito bem com os dançarinos, faz caras e bocas e, num determinado momento, deu um beijo de língua numa bailarina que quase arrancou o esôfago da moça. A platéia e este blogueiro deliraram.

 

Li que ela caiu no show devido à chuva. Eu não vi. Talvez estivesse longe ou meio bebum, mas não vi mesmo.